.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tamagotchi ´ressuscita´ em forma de aplicativo


Quem viveu a infância em meados da década de 1990, deve lembrar de um dos brinquedos mais conhecidos da época: o Tamagotchi. O bichinho virtual era a febre daquele tempo, e as crianças o levavam para onde iam. Agora, no dia 15 de fevereiro, ele foi relançado pela empresa japonesa Bandai Games, dessa vez em forma de aplicativo.


            O app "Tamagotchi L.i.f.e (Love is Fun Everywhere)", que já possui até um site especial de divulgação (http://tamagotchilife.com/), está disponível apenas para smartphones e tablets com sistema operacional Android, não contemplando, portanto, o sistema iOS da Apple (usado no iPhone e no iPad) e Windows Phone, da Microsoft. Além da restrição do sistema operacional, o aplicativo não está oficialmente acessível no Brasil.

            Quem procurar o jogo no Google Play, loja online de distribuição de aplicativos gratuitos e pagos do Google, vai perceber que apenas usuários de Android do Canadá e dos Estados Unidos são autorizados a fazer o download, seja gratuito ou custando $ 0,99 (versão sem publicidade). Mesmo assim, no Brasil, alguns sites já disponibilizaram o app para os que sentem saudade do Tamagotchi. Um deles é o 4shared (
http://svmar.es/tamalife).

            O caderno Tecno convidou o analista de sistemas Alex Ferreira para baixar o aplicativo e comparar com o dispositivo que teve o auge de sucesso na década de 90. O analista ficou empolgado com a nova versão, afirmando ser "bem fiel ao Tamagotchi original". Por volta dos 7 anos de idade, Alex teve o seu primeiro Tamagotchi e relembrou o tempo de infância ao baixar o novo aplicativo. "Matei a saudade, fiquei mexendo no app e comecei a lembrar de todas as funções", comenta.

Nascimento

            O bichinho virtual foi criado em 1996 e passou a ser vendido primeiro no Japão, para depois virar febre e ser comercializado em todo o mundo. Tratava-se de um dispositivo um pouco arredondado e que cabia na palma da mão, servindo até mesmo como chaveiro. Era comum, no período, as crianças levarem o brinquedo pendurados nas mochilas escolares.

            O dono do Tamagotchi precisava cuidar do bichinho virtual, que podia ser visualizado em uma tela em preto e branco. Por meio de três botões, a pessoa dava banho, comida, carinho, remédio e outros cuidados para o animalzinho virtual, que tratava de avisar suas necessidades por meio de alertas sonoros. Quem não desse atenção suficiente para o Tamagotchi, corria o risco de perder o animal de estimação, que não sobrevivia à falta de cuidados.

            Após 17 anos, o Tamagotchi ressuscita com algumas mudanças, mas permanece com o mesmo objetivo de criar o animal virtual e interagir com ele. Uma das mudanças é a possibilidade de manter vivos diversos bichinhos ao mesmo tempo, de cores e formatos diferentes. Outra característica que chama atenção, em relação ao brinquedo antigo, é que o atual jogo é todo colorido, o que não poderia ser pensado diferente, sendo considerada a adaptação do Tamagotchi para a plataforma Android.

            Alex Ferreira destaca um ponto negativo no Tamagotchi como aplicativo. "Ele fica pedindo atenção direto e, por isso, acaba consumindo a bateria do smartphone rapidamente", ressalta o analista, que teve o celular descarregado ao cuidar do seu novo companheiro virtual.

            Mesmo assim, o analista de sistemas aposta no sucesso do aplicativo entre o público infanto-juvenil. Ele atribui o possível êxito à popularização dos smartphones entre crianças e jovens. "Como a criançada nasce hoje, praticamente, já tendo um celular, fica mais fácil agradar esse público com um aplicativo do jogo", aponta Alex Ferreira.

            O aplicativo mostra o animal dentro do brinquedo de formato arredondado ou em tela cheia no smartphone e tablet, onde os três botões do formato oval original são substituídos por ícones táteis. Outra inovação é o compartilhamento na rede social Facebook, já que o dono pode mostrar aos amigos online o crescimento do seu Tamagotchi.

Proposta semelhante

            A universitária Lorena Colaço não teve um Tamagotchi na infância. Curiosa com as funções dele, baixou para o seu telefone celular, no início de janeiro, um aplicativo que tem proposta semelhante ao brinquedo da empresa japonesa. O aplicativo "Pou" está disponível no Google Play e é outra opção para quem sente saudade do seu antigo dispositivo Tamagotchi.

            Quando a reportagem informou o lançamento do bichinho original como aplicativo, a universitária logo se empolgou com a novidade e a oportunidade de conhecer o personagem virtual original. 

Fonte: Diário do Norteste